Garantia de um lugar digno


De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo XXV, pronuncia-se: “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle...” Mas na realidade sabemos que a verdade é outra. As leis estão ali todas nos papéis, mas na hora de exercê-las tudo sai de seu contexto. O governo está apenas preocupado com as propagandas com seu nome, faz projetos e mais projetos de âmbito federal, estadual e municipal para mostrar que ajuda o povo, onde na verdade usa-se desses meios para desviar verbas e os leigos interpretam como sendo esses os governantes da melhoria por terem proporcionado melhores vantagens que os anteriores. Tendo assim a mente e seu tempo ocupados por projetos que prometem casa própria, planos de assistência médica, rede de abastecimento ou de tratamento de água, muitos esquecem ou não sabem talvez que estes são seus direitos. Enquanto as leis permanecerem ao acesso de poucos vamos continuar num país com desenvolvimento capitalista, o poder continuará centralizado. Pois não se cobra o que não se tem conhecimento, se eu não sei de meus direitos como posso cobrá-los.

Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de Andrade